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Título 1

Saúde Urbana de um bairro de Grajaú

O meio ambiente vêm sofrendo uma modificação, interferindo de maneira acelerada o processo saúde-doença de toda a comunidade. Contudo, o meio ambiente é considerado como algo externo do ser humano, onde não estamos inseridos. Nessas condições, os problemas ambientais necessitam urgentemente da adoção de medidas que superem práticas assistencialistas, levando a adoção de práticas transdisciplinares que avancem no processo de saúde. No campo da saúde fica claro que não dá para adotar essa noção, embora se trabalhe muito nessa vertente. Na realidade estamos inseridos no meio ambiente e ele não é algo externo a nós. Existe uma relação direta entre o ser humano e o meio ambiente e se essa relação sofre alterações pode acabar desencadeando doenças na população nele inserida. (TAMBELLINE;CAMARA 1998)

Tentar definir o limite entre o espaço e o universo de seres vivos e inertes, que nele se circunscrevem, sempre será arbitrário, uma vez que ambos existem em relação aos sistemas que o circundam. O meio ambiente não deveria ser concebido somente por fatores exógenos ao ser humano, mas também considerar os intrínsecos, como sua história e suas complexidades organizadas, sendo que todos esses fatores podem influenciar no processo saúde–doença da população. (Samaja, 2003; Patrício, 2006).

Os resíduos sólidos urbanos (RSU), mais conhecidos como lixo, constituem uma preocupação ambiental mundial, especialmente em grandes centros urbanos de países subdesenvolvidos. Pouco se conhece sobre as repercussões da disposição desses resíduos a céu aberto na saúde humana e das práticas sanitárias da população em relação a eles. A geração de RSU, proporcional ao crescimento populacional, suscita uma maior demanda por serviços de coleta pública e esses resíduos, se não coletados e tratados adequadamente, provocam efeitos diretos e indiretos na saúde, além da degradação ambiental (RÊGO et al, 2002).

O lixo é entendido como um problema quando: encontra-se acumulado no ambiente e é capaz de provocar incômodos como mau cheiro ou poluição visual; serve como foco da presença de animais; provoca doenças em crianças e adultos ou quando o poder para a solução do problema desloca-se da esfera individual para ser uma questão coletiva e/ou institucional. Entende-se que a discussão sobre as possíveis soluções para o problema do lixo requer fóruns mais amplos de debate com a população, que ultrapassem os limites de gabinetes governamentais e se aproximem cada vez mais da realidade local. (RÊGO et al, 2002).

No conjunto Habitacional Frei Alberto Beretta as pessoas contam com uma única escola para Educação Infantil, no presente momento encontra-se descoberta quanto em relação ao profissional de saúde, como Agente Comunitário de Saúde sendo que os moradores buscam atendimentos neste âmbito na Unidade Básica de Saúde – UBS, mais próximo, e ainda a Unidade Mista Dr. Itamar Guará em busca de atendimentos por outros profissionais, desta forma, percebe-se que a comunidade enfrenta dificuldades em obter atendimentos.

O ser humano é o grande causador dos impactos ambientais. E o Conjunto Habitacional Frei Alberto Beretta é um exemplo clássico desse impacto, a situação do bairro é bem precária e existem esgotos á céu aberto, seus moradores não tem uma coleta diária do seu lixo domiciliar e fazem amontoados do mesmo em suas portas, facilitando assim a proliferação de roedores e uma variedade de insetos. Colaborando na disseminação de várias doenças. De acordo com informações do Sinan Net (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) em 2013 vários moradores dessa localidade foram acometidos por hepatite A, sendo acionada a vigilância sanitária do município para averiguação e providências para a solução do evento. Se todas as pessoas tomassem a consciência de que simples ações podem salvar a natureza como não jogar lixos nas ruas e em rios, usar água somente o suficiente, reaproveitar materiais que já foram usados, para confeccionar objetos que podem servir de decoração, esses procedimentos ajudaria e muito a diminuir esses problemas. Identificar e divulgar boas práticas para a promoção da saúde é uma estratégia fundamental para melhorias da qualidade da vida urbana.

REFERENCIAS

RÊGO et al. Como pensam mulheres residentes na periferia de um grande centro urbano. Caderno de Saúde Pública, v.18, n.6, p. 1583-1591, 2002. Disponível em: <www.scielo.br>. Acesso em: 25 de jun.de 2018.

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